23/03/2007

Teu pedaço

eis a lua que chega
cheia
espreita
espreito
espreitamo-nos
de caneta em punho
todo o teu corpo latejando
promessas do teu pénis molhado
na minha língua
pela minha boca redonda
ávida
côncava
rubra

teu convexo pedaço
meu nesse minuto
em que te chupo despudorada
desfaz-se...

pois enquanto lambo

mordo o coração

abro a boca

espero pelas gotas nos meus seios silvestres
molhando a rosa pousada



Manuela Alves. Meu gabinete, Ponta Delgada, 1998

1 comentário:

Anónimo disse...

Fantástico! O erotismo à flor da pele! Ass. Ninas